Princípio da sobrecarga
Esse princípio consiste em
sobrecarregar o organismo do atleta, de maneira adequada, variando-se a
frequência, a intensidade, o volume e a duração do treinamento. A sobrecarga
deve ser individualizada e aplicada de forma progressiva ao longo do processo de
treinamento. A seguir, demonstra como o nível de carga influência nos efeitos
produzidos em função da intensidade do exercício.
Logo após a realização de uma
carga de treinamento, o organismo passa por um processo de recuperação, com o
qual busca restabelecer o equilíbrio. Existe uma relação ideal entre a carga
aplicada e o tempo de recuperação é fundamental para garantir o pronto
restabelecimento desse equilíbrio e proporcionar adaptações biológicas
importantes para o desempenho, processo conhecido como supercompensação.
A aplicação do princípio da
sobrecarga deve ser observada com base em variáveis relacionadas à carga como o
volume (quantidade) e a intensidade (qualidade) do treinamento, os quais podem
ser alterados pela utilização dos vários métodos, como, por exemplo, o contínuo
e o intervalado.
Princípio da reversibilidade
O princípio da reversibilidade
guarda a seguinte ideia: “o que não se usa, perde-se”. Esse princípio assegura
que as alterações corporais obtidas com o treinamento físico sejam de natureza
transitória. Assim, as mudanças funcionais, morfológicas e de desempenho das
capacidades físicas adquiridas com o treinamento retornam aos níveis iniciais
após a sua interrupção. Esse retorno ocorre na
mesma velocidade da aquisição, ou seja, aquilo que se ganhou rapidamente é
perdido também rapidamente, ao passo que aquisições realizadas lentamente, em
um período prolongado, são mantidas com mais facilidade e desaparecem com mais
lentidão.
Princípio da especificidade
O princípio da especificidade é
aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado
sobre os requisitos específicos da performance desportiva, o treinamento deve
se desenvolver principalmente sobre os sistemas do organismo que predominam na
atividade realizada pelo atleta, ou seja, nos esportes de resistência, a
capacidade aeróbia é a que prevalece em aproximadamente 90% do tempo, enquanto
os 10% restantes pertencem aos outros sistemas.
Princípio da individualidade biológica
Individualidade biológica é o
fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que
faz com que não existam pessoas iguais. Cada ser humano possui uma estrutura e
uma formação física e psíquicas próprias e, por isso, individualizar os estímulos
de treinamento apresentaria melhores resultados, uma vez que seriam obedecidas
as características e as necessidades individuais dos praticantes de esporte.
Isso possibilita o entendimento de como crianças da mesma faixa etária, ou
atletas da mesma especialidade, podem ter respostas diferenciadas frente a um
mesmo tipo de treinamento. Crianças e atletas diferentes responderão de formas
diferentes ao mesmo tipo de treino. Assim, não existe uma forma de treino ideal
que produza resultados ótimos para todos.
RESISTÊNCIA
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FORÇA
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FLEXIBILIDADE
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Contínuo: Normalmente são esforços de média e longa duração com uma
intensidade (velocidade) baixa ou media, mas constante.
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Pirâmide: Pode ser dividida
em Pirâmide Crescente e Decrescente. Crescente: Você aumenta as cargas
conforme diminui o número de repetições. Decrescente: Você diminui as cargas
conforme aumenta o número de repetições.
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método
balístico – consiste em executar um movimento de forma explosiva,
procurando-se, dessa forma, atingir o limite da articulação. Na medida em que
o segmento se aproxima do limite articular, perde-se velocidade em função da
resistência elástica dos componentes articulares. É um método muito
suscetível a lesões, mas é comum na dança e em alguns esportes como as lutas;
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Circuito: O método consiste em realizar
de 4 a 5 exercícios (ou até mais), com carga moderada, sem nenhum descanso
entre eles, ou com o mínimo de descanso possível ( de 10 a 15s no máximo),
realizando uma pausa apenas após a execução do último exercício.
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método
de insistência – é executado de forma menos explosiva do que o primeiro, mas,
ao final do movimento, quando os componentes elásticos e neuromusculares
provocam o retorno do segmento à posição inicial, nesse método procura-se
insistir por várias vezes no movimento de amplitude máxima.
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Intervalado: O treinamento
intervalado consiste num método de treino caracterizado pela fragmentação do
esforço total, com períodos de recuperação, ou seja, você alterna períodos de
alta intensidade com períodos de baixa intensidade.
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Método Isométrico
No desenvolvimento do método isométrico, ou estático, utilizaremos
tensões máximas ou submáximas com durações de 5 a 10 segundos. Desenvolvendo
de 3 a 10 tensões musculares para diferentes ângulos do movimento com
intervalos de 1 a 3 minutos entre cada tensão.
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Método
ativo/passivo Apoiado na teoria, esse método, também chamado de facilitação
neuromuscular proprioceptiva (FNP) caracteriza-se por envolver duas ou mais
fases, nas quais há alternância de exercícios ativos e passivos, com o
objetivo de se conseguir um grau de amplitude articular maior do que o
habitual, à custa do relaxamento da estrutura contrátil muscular. Esse método
é fundamentado no acionamento do fuso muscular durante a primeira fase, que
irá provocar uma contração involuntária. Logo após, o indivíduo somará a esta
a sua contração voluntária, acionando o órgão tendinoso de Golgi, que irá
provocar um relaxamento reflexo. O resultado desse método é um aumento de
flexibilidade, com grande trabalho de plasticidade; com ele, os ganhos de
flexibilidade são significativos.
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Circuito:
O treinamento consiste em um circuito de exercícios que
trabalhe todos os grupos musculares superiores
ou inferiores, com apenas um exercício para cada grupo muscular.
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Método Isocinético
No método de trabalho isocinético utiliza-se em geral séries de 6 a 20
repetições para cada grupo muscular, realizando esforços musculares máximos
em cada ângulo de movimento para que possamos obter vantagens, aproveitando o
que de melhor há de nesse método de treinamento, que é o de fornecer
resistência proporcional à força aplicada em cada ângulo do movimento, fato
que não ocorre nos métodos isotônicos e isométricos.
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Método
passivo: Consiste em o indivíduo realizar movimentos com a ajuda de um
companheiro, de aparelhos ou da própria gravidade, de acordo com a sensação
subjetiva de dor.
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Método Pliométrico
Consiste na realização de exercícios em que a musculatura é alongada
rapidamente, produzindo através do “reflexo miotático” ou “reflexo de
estiramento” um trabalho concêntrico maior. No exercício pliométrico (como em
muitas outras situações nos desportos), a sobrecarga é aplicada ao músculo
esquelético de forma a distender rapidamente o músculo (fase excêntrica ou de
estiramento) imediatamente antes da fase concêntrica ou de encurtamento da
contração. Essa fase de alongamento rápido no ciclo de estiramento-encurtamento
facilita a seguir provavelmente um movimento mais poderoso considerado como
capaz de aprimorar os benefícios de velocidade-potência dessa forma de
treinamento (McArdle et al.,1998).
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