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Texto para trabalho 9º Ano 1° BIMESTRE


CORPO, SAÚDE E BELEZA FATORES DE RISCO SAÚDE E DOENÇAS HIPOCINÉTICAS





Feita uma abordagem moderna, a saúde é compreendida como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica. Caracterizada por um continuo com polos positivo e negativo, estando estes últimos associados a aumentos na morbidade c/ ou mortalidade das populações.
Segundo dados do Ministério da Saúde (2006), as doenças do aparelho circulatório representam a principal causa de mortes para ambos os sexos em todas as regiões do Brasil (com exceção do Norte), Em segundo lugar nas estatísticas, vêm as mortes associadas a causas externas (especialmente acidentes e homicídios), entre os homens, e a neoplasias (câncer), entre as mulheres.
 Conhecendo-se as principais causas de mortalidade, é importante identificar os fatores de risco ligados a elas. Conceituados como os hábitos ou as características pessoais que predispõem o desenvolvimento de patologias. Os fatores de risco podem ser divididos em não-modificáveis (hereditariedade, sexo, envelhecimento) e modificáveis (fumo, álcool, drogas, sedentarismo, estresse, alimentação). Como são influenciados pela manutenção ou pela modificação dos hábitos diários os fatores modificáveis podem ser focos de campanhas educacionais e de saúde que incentivem a adoção de um estilo de vida saudável
As doenças do aparelho circulatório (doenças cardiovasculares) afetam tanto o coração doença arterial coronariana e infarto quanto os vasos sanguíneos aterosclerose, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica. O histórico familiar, ser do sexo masculino e o envelhecimento, destacam-se como os principais fatores de risco não-modificáveis dessas doenças. Já o tabagismo, o sedentarismo, uma dieta inadequada e os níveis de estresse são os principais fatores modificáveis Além desses, doenças como diabetes c obesidade são fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares muitas vezes por estarem associadas a baixos níveis de atividade física e a dietas inadequadas (ricas em gorduras)
Mais importante do que estabelecer quais fatores são mais relevantes no comprometimento cardiovascular é entender como eles contribuem para o problema e estabelecer quais os cuidados que ser tomados para preveni-lo.
Quanto aos fatores não-modificáveis, é importante que se investigue o histórico familiar. A existência de doenças ou problemas cardiovasculares na família faz com que uma atenção maior seja voltada aos fatores de risco modificáveis å medida que a idade avança, especialmente entre os homens.
"O tabagismo, em associação a uma alimentação/dieta desequilibrada — que favoreça um nível elevado de colesterol sanguíneo, especialmente da lipoproteína de baixa densidade (LDL), além de níveis corporais baixos das vitaminas A, E e C pode ocasionar lesão na parede das artérias e favorecer o surgimento da aterosclerose(placa de gordura na camada interna dos vasos), condição altamente associada ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares Portanto, a redução do tabagismo e uma melhor qualidade na composição da dieta, em especial quanto ao conteúdo em gordura e fornecimento de vitaminas, exerceriam efeito protetor sobre o surgimento/agravamento das doenças cardiovasculares.
O sedentarismo talvez seja o fator de risco mais prevalente, o que está presente no maior número de casos. Nas pessoas com hábitos sedentários, a aptidão cardiovascular diminui, o que expõe o aparelho circulatório a maior sobrecarga durante a realização de atividades físicas Por outro lado, o exercício regular provoca uma melhora da resistência aeróbia, o que promove adaptações nas artérias coronárias (como maior expansão, menor rigidez e maior largura) e no coração onde o músculo cardíaco torna-se mais forte. Essas alterações protegem contra distúrbios cardiovasculares, Além disso, pessoas ativas comumente têm os outros fatores de risco sob controle (tabagismo, alimentação, estresse).
O estresse, por sua vez, diz respeito a maneira pela qual o organismo reage/responde qualquer estímulo, podendo ser positivo, quando relacionado a estímulos que promovem adaptações positivas ao organismo, como a atividade física moderada, ou negativo, quando associado a estímulos prejudiciais ao organismo, como a dor. Embora seja difícil delimitar a participação do nível de estresse sobre o ritmo de doenças cardiovasculares, visto que situações estressantes muitos indivíduos adotam hábitos poucos saudáveis (comem, fumam c bebem exageradamente, utilizam drogas, exercitam-se menos etc.), existe forte relação entre maiores níveis de estresse e cardiopatias para indivíduos que apresentam padrões de comportamento associado a maior ansiedade, agressividade/hostilidade, exigência e competitividade. Para esses indivíduos, tais riscos só poderão ser minimizados mediante mudança na forma de responder às situações de estresse, o que requer alteração em seu estilo de vida.
Ao relacionarmos exercícios físicos com estresse, percebemos que as características da atividade geram consequências distintas Quando o exercício envolve atividade física intensa, prolongada ou repetida sem um intervalo adequado entre as sessões, o organismo é exposto a uma condição de estresse crônico físico e mental, favorecendo o desenvolvimento de doenças Em contrapartida, atividades físicas moderadas e/ ou de cunho recreativo, praticadas segundo uma regularidade que permita ao organismo recuperar-se adequadamente entre uma sessão e outra, promovem efeito tranquilizante associado à sensação de bem estar, além de reações bioquímicas provocadas pelas endorfinas, que podem ajudar a reduzir os níveis de estresse
A adoção de um estilo de vida fisicamente ativo é um fator importante para a manutenção de um bom estado de saúde. Por outro lado, algumas condutas inadequadas ou prejudiciais à saúde têm sido atreladas à prática de exercícios físicos. A Ilusão de se obter resultados melhores com maior rapidez compromete os benéficos pretendidos com a atividade física regular. Dietas diversas, voltadas principalmente para a redução de peso corporal, e o uso de suplementos alimentares, esteroides anabolizantes e outras formas de doping, utilizados para se potencializar os efeitos do treinamento físico e obter um maior rendimento atlético, são igualmente comprometedores.

Doenças hipocinéticas: obesidade, hipertensão e outras

Conforme já evidenciado, o sedentarismo representa um dos fatores de risco de maior prevalência (número total de casos) envolvido na gênese de patologias que afetam negativamente a saúde como obesidade, diabetes, hipertensão, referidas como doenças hipocinéticas, o que suporta a adoção de um estilo de Vida fisicamente mais ativo como fator de promoção/ manutenção de um cm estado de saúde.
Manter-se fisicamente ativo Implica maior envolvimento com a atividade física, que pode ser definida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética e que provoca um gasto energético acima do que se gasta em repouso. Engloba, portanto, as atividades da Vida diária (como tomar banho, vestir-se e comer), as tarefas domésticas, as atividades de trabalho, de deslocamento e de lazer, incluindo exercícios físicos, danças etc.
Para que a atividade física possa promover e manter benefícios à saúde, é necessário que se induza adaptações positivas sobre o estado de aptidão física. Essas adaptações são feitas, principalmente, por meto da prática de exercícios fiscos, que podem ser definidos como toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva cujo objetivo é a melhoria e a manutenção da aptidão física e de habilidades motoras ou a reabilitação orgânico-funcional
De acordo com Nahas (2006), considera-se sedentário o indivíduo que, na somatória das atividades físicas, apresente um gasto energético semanal inferior a 500 kcal. Já o indivíduo que acumula um gasto energético semanal de pelo menos 1000 kcal é considerado moderadamente ativo.
Níveis moderados de atividade física podem reduzir significativamente o risco de doenças hipocinéticas (obesidade, hipertensão e outras). Logo, identificar o perfil de atividade física de cada indivíduo e a relação com seu atual estado de saúde pode ser uma importante estratégia para se promover um estilo de vida fisicamente mais ativo e saudável.

Níveis de atividade física e obesidade

Atualmente, o aumento excessivo de peso devido ao acúmulo de gordura nas reservas corporais (obesidade) está associado, principalmente, à combinação de baixos níveis de atividade física com a alta ingestão calórica ou, especificamente, com a alta ingestão de gordura. Ao longo do processo de envelhecimento, é comum o aumento da gordura corporal em razão do sedentarismo progressivo. Ex-atletas também estariam propensos a um aumento na gordura corporal devido à redução do gasto calórico decorrente da diminuição do nível de atividade física sem a devida adequação na ingestão calórica.
A evidente associação entre a combinação de sedentarismo com alimentação inadequada e a maior incidência e prevalência de obesidade torna necessária uma rotina fisicamente mais ativa, em paralelo a hábitos nutricionais adequados. Dessa forma, pode-se prevenir e controlar o aumento do peso corporal e suas consequências negativas para a saúde, que causam maior risco de morbidade
Participar de programas de exercícios físicos facilita o ajuste entre o gasto energético decorrente de atividades físicas e a Ingestão calórica — o que é fundamental no controle da obesidade Para a elaboração de um programa de exercícios adequado, deve-se considerar características Individuais como a disponibilidade de tempo e a preferência motivacional por modalidades diversas (aeróbias e anaeróbias), para se definir a intensidade e a duração das atividades

Níveis de atividade física e diabetes

A diabetes mellitus é uma doença endócrino metabólica caracterizada por altos níveis glicêmicos, decorrentes da ausência ou da baixa quantidade de insulina no sangue elou de ineficiência na ação da insulina. Atualmente, é uma das patologias mais prevalentes em todo o mundo, associada a altas taxas de morbidade e mortalidade. Quando 'o controle metabólico não é satisfatório, surgem complicações agudas e cronicas que provocam Impactos econômico e social.
Baixos níveis de atividade física podem contribuir Indiretamente para o surgimento de quadros de diabetes associados ao maior acúmulo de gordura corporal e consequente aumento de peso. Mas, quando se pensa na diabetes, o sedentarismo é mais grave no controle da doença. O exercício físico, associado ou não a dietas especiais e ao uso de fármacos, como insulina e outros hipoglicemiantes, exerce importante papel no controle da glicemia (taxa de açúcar no sangue), pois melhora os mecanismos de captação cie glicose pelos órgãos, como músculos e fígado. Logo, um diabético fisicamente menos ativo pode encontrar maior dificuldade em controlar seus níveis glicêmicos, o que pode agravar a doença c facilitar o aparecimento de complicações agudas ou crônicas, como problemas renais, oculares e vasculares.

Níveis de atividade física e hipertensão

A hipertensão tem como característica o aumento da pressão sanguínea acima dos níveis considerados normais para cada faixa etária, sexo e estilo de vida. A pressão elevada provoca uma sobrecarga hemodinâmica, estimulando uma carga adicional no trabalho cardíaco e danos nas paredes internas dos vasos, especialmente nas artérias. Em adultos, considera-se um indivíduo hipertenso quando sua pressão sanguínea atinge constantemente valores sistólicos acima de 140 mmHg elou valores diastólicos superiores a 90 mmHg. A hipertensão pode provocar diversas complicações vasculares cardíacas, renais e cerebrais. Comparados a pessoas com pressão arterial normal, os hipertensos correm um risco sete vezes maior de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e três vezes maior de sofrer infarto do miocárdio.
Uma das consequências do baixo nível de atividade física é uma menor capacidade cardiovascular que pode sobrecarregar o sistema cardiocirculatório. Associado a fatores genéticos, e nutricionais, aumento de peso c nível elevado de estresse, o baixo nível de atividade física pode predispor o desenvolvimento da hipertensão. Por outro lado, alguns estudos têm demonstrado que a prática regular de exercícios, de baixa a moderada intensidade e de longa duração, age positivamente sobre a pressão sanguínea, diminuindo o risco de elevações de pressão "não-fisiológicas"

A Educação Física escolar tem um papel fundamental na geração de conhecimentos e na criação de hábitos que levem os alunos a adquirir um estilo de vida mais ativo e saudável. Ao se tornarem conscientes dos problemas causados por uma vida sedentária, eles podem incluir a atividade física em suas vidas A discussão deste tema em sala de aula pode também contribuir para que os alunos sejam mais críticos em relação aos apelos da mídia quanto à ingestão de substâncias que provocam ganho de massa muscular ou redução de peso.


Atividades

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